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Lançamento de Manual para jornalistas sobre como comunicar a escravidão contemporânea marca Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Foram também divulgados os números de denúncias recebidas (1.973) sobre trabalho escravo em 2022, o que representa um aumento de 39% em relação a 2021

 

PORTO VELHO, RO, 27/01/2023 - O lançamento de um Manual inédito no Brasil com orientações para jornalistas sobre como comunicar a escravidão contemporânea: casos, entrevistas e termos que cerca o tema e o tráfico de pessoas e a divulgação dos números de resgates (2.575) de trabalhadores em situações de trabalhos semelhantes ao de escravo, realizados pelos grupos móveis de fiscalização em todo o Brasil no ano de 2022 marcam o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado nesse sábado, 28 de janeiro de 2023. 

Com o objetivo de sensibilizar e orientar os profissionais da comunicação e veículos de imprensa sobre como abordar pessoas submetidas ao trabalho em condições análogas à de escravo e ao tráfico de pessoas, o Manual foi desenvolvido a partir da demanda por segurança  apresentada pelas pessoas resgatadas e surgiu da necessidade das organizações e dos profissionais em preservar o sigilo de informações sensíveis e não prejudicar a segurança e a saúde física e mental das vítimas por eles assistidas.

Essa discussão foi pautada no âmbito do Grupo de Trabalho de Promoção do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CETP-RJ) e da Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo do Estado do Rio de Janeiro (COETRAE-RJ), e contou com a colaboração de diversos atores, dentre eles, pessoas resgatadas do trabalho escravo, jornalistas, profissionais responsáveis pelo atendimento às vítimas, acadêmicos e estudiosos do tema do trabalho escravo contemporâneo.

 

Capa do manual - Como Comunicar a Escravidão Contemporânea
Capa do manual - Como Comunicar a Escravidão Contemporânea

Foram meses de coleta dos depoimentos das vítimas, análise de reportagens e discussões com especialistas e jornalistas. A Assessora de Comunicação do ProjAI e autora do texto, Caroline Bonfim, explica como o manual surge para criar uma comunicação mais saudável e protegida entre jornalistas e vítimas:

“No meu dia a dia de trabalho eu faço a ponte entre as vítimas e os jornalistas. Em alguns casos, as vítimas sentem medo de falar com os jornalistas, mas, na maioria das vezes, elas nem aceitam mais falar por conta de experiências ruins que já tiveram com profissionais da comunicação. Por outro lado, eu percebi que alguns jornalistas não sabiam bem por onde começar a entrevista ou o que esperar de uma pessoa resgatada da escravidão contemporânea”.

O Manual destaca a importância do trabalho jornalístico na cobertura de casos e como deve ser conduzida a entrevista, por exemplo, em casos que envolvem o trabalho semelhante ao de escravo e o tráfico de pessoas. Como se comportar diante de algumas super exposições sofridas pelas vítimas na imprensa; sugere como podem ser finalizadas as entrevistas com perguntas otimistas, por exemplo, entre outras sugestões apontadas para que trabalhadores resgatados se sintam mais protegidos e menos expostos. 

 

Acesse o Manual clicando no link – manual para jornalistas sobre como comunicar o trabalho escravo

Confira vídeo com o lançamento do Manual para jornalistas “Como comunicar a Escravidão Contemporânea  https://link.mpt.mp.br/6fZvVmU

 

Resgate de trabalhadores em Acre e Rondônia

No ano de 2022, em Rondônia e Acre, a Operação Resgate II realizou no estado do Acre o resgate de 37 (trinta e sete) trabalhadores rurais que trabalhavam no desmatamento para abertura de pasto para gado bovino. Dentre as práticas noticiadas, constavam a ausência de pagamentos, ausência de alimentação adequada e fornecimento de água potável, bem como a venda de produtos alimentares e ferramentas de trabalho a preços não usuais que ensejam o endividamento dos trabalhadores perante o empregador. A área rural onde ocorreu o resgate localiza-se na BR-364, a aproximadamente 22 (vinte e dois) quilômetros do trevo de acesso ao Município de Manoel Urbano/AC no sentido à Feijó/AC.

Em Porto Velho, Rondônia, foram resgatados 29 (vinte e nove) trabalhadores rurais e constatadas diversas irregularidades e descumprimento de normas de segurança, saúde e higiene do trabalho, como casos de malária entre os trabalhadores, alojamentos em locais insalubres e alimentação precária. Os trabalhadores foram recrutados de diferentes regiões para trabalharem com plantação de soja e "catação de raiz", sendo um deles venezuelano e dois menores de 18 (dezoito) anos.

 

ASCOM - MPT RJ e RO/AC

Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) na 14ª Região 

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